terça-feira, 30 de junho de 2009

E as férias chegaram...

De repente nos vem a pergunta: o que faremos no período das férias escolares?
Será que é válido nos preocuparmos somente com o lazer e/ou o descanso corporal? Não poderíamos tentar aliar tais "delicias" com uma reflexão acerca do nosso importante papel de educadores, responsáveis pelo incentivo no primeiro estágio de evolução intelectual dos nossos discentes, independentemente de faixa etária e condição econômica ou social? Que tal dedicar algum momento deste abençoado estágio do "pernas pro ar" para fazer uma avaliação consciente e criteriosa da nossa atuação em sala-de-aula (ou fora dela), procurando identificar os chamados pontos de estrangulamento que possam comprometer (ou tenham comprometido) a nossa condição de bons profissionais?
O "mea culpa" vale a pena. Vamos experimentar!

terça-feira, 5 de maio de 2009

O que é ser coordenador de Sala de Informática?

Qual o papel do(a) professor(a) coordenador(a) da sala de informática?
A utilização da informática na escola traz novas perspectivas para o desenvolvimento do ensino e aproximação de todo contexto social, não ficando a escola distante do desenvolvimento tecnológico.
Estando ela inserida num encadeamento de idéias onde o imperativo social é a tecnologia, é importante analisarmos essa relação, objetivando a construção de uma sociedade em que todos possam estabelecer diálogos em igualdade de condições e capacidade para tomar decisões que levem à mudanças futuras da sociedade.
A Internet, aliada a softwares pedagógicos utilizados em uma sala de informática, é um elemento fundamental para o desenvolvimento da aprendizagem. Nesse âmbito, desenvolvem-se trabalhos de aperfeiçoamento e complemento dos conteúdos que são estudados em sala de aula e outros ambientes da escola. Exercícios que vão desde pesquisas, troca de informações através de programas de bate-papo, e-mail e softwares educativos que estimulam a aprendizagem dos estudantes. Porém, para introduzir a informática na escola não basta ter um laboratório equipado, professores treinados e um projeto pedagógico. A experiência mostra que, sem a figura do coordenador de informática, o processo “emperra”. Mas quem é esta pessoa? E por que ela é tão importante? Peça principal do processo, ele não deve ter apenas uma formação técnica. Esse profissional deve ter uma formação pedagógica, uma experiência de sala de aula. Não necessita ser um pedagogo, mas que tenha um envolvimento com o processo pedagógico. Deve ser capaz de fazer uma ponte entre o potencial da ferramenta (softwares educativos) com os conceitos a serem desenvolvidos. O coordenador não é apenas um facilitador, mas o coordenador do processo. Ele deve perceber que o momento de mudar de etapas e de propiciar recursos necessários para impulsionar as engrenagens do processo, como, por exemplo, a formação de professores e recursos necessários, como softwares. O coordenador dever estar atento e envolvido com o planejamento curricular de todas as disciplinas, para poder sugerir atividades pedagógicas, envolvendo a informática. Entretanto, sem apoio da coordenação ou da direção, não terá força para executar os projetos sugeridos.
Em resumo, o coordenador de informática deve:
• ter uma visão abrangente dos conteúdos disciplinares e estar atento aos projetos pedagógicos das diversas áreas, verificando sua contribuição;
• conhecer o projeto pedagógico da escola;
• ter uma experiência de sala de aula e conhecimento de várias abordagens de aprendizagem;
• ter a visão geral do processo e estar receptível para as devidas interferências nele;
• perceber as dificuldades e o potencial do professores, para poder instigá-los e ajudá-los;
• mostrar para o professor que o Laboratório de Informática deve ser extensão de sua sala de aula e esta deve ser dada por ele e não por uma terceira pessoa;
• pesquisar e analisar os softwares educativos;
• ter uma visão técnica, conhecer os equipamentos e se manter informado sobre as novas atualizações;
• estar constantemente receptível a situações sociais que possam ocorrer.
Texto captado na internet, compilado e adaptado pelo Prof. Rubens Mota.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Chega-te a nós, Comunidade Ferrariana!

Muitos hão de perguntar: Por que o blog? Qual a importância do blog enquanto ferramenta de interação entre Professores, alunos e a comunidade?
Eis alguns comentários sobre tais questionamentos:
Aproximar professores e alunos
Os estudantes tendem a se identificar com o professor blogueiro. Se o aluno cria um blog, os professores têm um espaço a mais para orientar o aluno.
Permitir maior reflexão sobre o conteúdo
Quando o professor blogueiro expõe sua opinião, está sujeito a críticas e elogios. Com isso, reflete sobre seu trabalho e faz os alunos pensarem mais sobre o tema proposto.
Manter o professor atualizado
O professor blogueiro busca em outros sites e blogs informações para compartilhar com os alunos. Isso o coloca em permanente reciclagem.
Criar uma atividade fora do horário de aula
O estudo não fica restrito aos 45 minutos de sala de aula. Com o blog, o professor instiga os alunos a estudarem mais. Eles buscam no blog desafios, exercícios e gabaritos.
Trazer experiências de fora da escola
O blog abre as atividades da escola para pessoas de outros colégios, cidades e até países colaborarem. Isso amplia a visão de mundo da turma.
Divulgar o trabalho do aluno e do professor
As produções do aluno ou do professor podem ser vistas, comentadas e conhecidas por qualquer internauta do mundo. Isso é um incentivo para alunos e professores se dedicarem com afinco.
Permitir o acompanhamento
Com os blogs, os pais podem monitorar as atividades escolares dos filhos. E também ter acesso ao que o professor está ensinando. Isso não é possível com as aulas.
Ensinar linguagem digital
Ao montar blogs, alunos e professores passam por um processo de "alfabetização digital". Aprendem a fazer downloads e outros recursos para navegar com facilidade.
E então? Eu e a Profª Edna estamos esperando. Arregacem as mangas e mãos à obra!
Recebam o nosso afetuoso abraço.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

LER PARA ESCREVER

Bons leitores são bons escritores? Nem sempre. Para enfrentar o desafio da escrita, é preciso investigar as soluções de autores reconhecidos.

Rodrigo Ratier
(rodrigo.ratier@abril.com.br)

Todo mundo já ouviu (e provavelmente também já repetiu) a noção de que, para escrever bem, é preciso ler bem. À primeira vista, parece um princípio básico e indiscutível do ensino da Língua Portuguesa. Tanto que a opção de nove entre dez professores tem sido propor aos alunos a tarefa. Ler muito, ler de tudo, na esperança de que os textos automaticamente melhorem de qualidade. E, muitas vezes, a garotada de fato devora página atrás de página, mas - pense um pouco no exemplo de sua classe - a tal evolução simplesmente não aparece. Por que será?
Antes de mais nada, ninguém aqui vai defender que não se deva dar livros às crianças. A leitura diária é, sim, uma necessidade para o letramento. Mas ler para escrever bem exige outra pergunta: de qual leitura estamos falando? Para fazer avançar a escrita, a prática não pode ser um ato descompromissado, sem foco. Pelo contrário: exige intenção e um encadeamento bem definido de atividades, que tenham como principal objetivo mostrar como redigir textos específicos.
"A leitura para escrever é um momento especial, que coloca os estudantes numa posição de leitor diferente da que usualmente ocupam. Afinal, a tarefa deles será encontrar aspectos do texto que auxiliem a resolver seus próprios problemas de escrita", afirma Débora Rana, psicóloga e formadora de professores do Instituto Avisa Lá, em São Paulo.
É um trabalho que destaca a forma - estamos falando de intenção comunicativa e estilo, portanto -, tema relacionado a inquietações que tiram o sono de muitos docentes: por que as composições dos alunos têm tão poucas linhas? Por que eles não conseguem transmitir emoção ou humor? Por que as descrições de lugares e personagens não trazem detalhes?

Trechos de contos trazem ótimas sugestões para os textos
A idéia do trabalho é analisar os efeitos e o impacto que cada obra causa em quem as lê. Sensações, claro, são subjetivas, variando de pessoa para pessoa. Mas, quando lê diversos textos bons, com expressões e características recorrentes, a turma consegue, pouco a pouco, entender que é a linguagem que gera os tais efeitos que tanto nos comovem ou divertem. Nesse sentido, o conto, um dos tipos de texto mais usuais nas classes de 3º a 5º ano, oferece excelentes recursos para enriquecer produções de gêneros literários.
Cabe ao professor, no papel de leitor mais experiente, compartilhar com a turma as principais preciosidades, iluminando onde está o "ouro" de cada obra. Abaixo, listamos alguns dos principais pontos a ser observados e trabalhados nos textos da garotada. Também elencamos exemplos de como os contos podem ajudar a melhorá-los.
Linguagem e expressões características de cada gênero. Cada tipo de texto tem uma forma específica de dizer determinadas coisas. "Era uma vez", por exemplo, é certamente a forma mais tradicional de dar início a um conto de fadas (note que ela não seria adequada para uma composição informativa ou instrucional). Além de colaborar para que a turma identifique essas construções, a leitura de contos clássicos pode municiá-la de alternativas para fugir do lugar-comum. O Príncipe-Rã ou Henrique de Ferro, na versão dos Irmãos Grimm, começa assim: "Num tempo que já se foi, quando ainda aconteciam encantamentos, viveu um rei que tinha uma porção de filhas, todas lindas".
Descrição psicológica. Trazendo elementos importantes para a compreensão da trama, a explicitação de intenções e estados mentais ajuda a construir as imagens de cada um dos personagens, aproximando-os ou afastando-os do leitor. Em O Soldadinho de Chumbo, Hans Christian Andersen desvela em poucas linhas os traços da personalidade tímida, amorosa e respeitosa do protagonista: "O soldadinho olhou para a bailarina, ainda mais apaixonado: ela olhou para ele, mas não trocaram palavra alguma. Ele desejava conversar, mas não ousava. Sentia-se feliz apenas por estar novamente perto dela e poder contemplá-la".
Descrição de cenários. O detalhamento do ambiente em que se passa a ação é importante não apenas para trazer o leitor "para dentro" do texto mas também para, dependendo da intenção do autor, transmitir uma atmosfera de mistério, medo, alegria, encantamento etc. Em O Patinho Feio, Andersen retrata a tranqilidade do ninho das aves: "Um cantinho bem protegido no meio da folhagem, perto do rio que contornava o velho castelo. Mais adiante estendiam-se o bosque e um lindo jardim florido. Naquele lugar sossegado, a pata agora aquecia pacientemente seus ovos".
Ritmo. É possível controlar a velocidade da história usando expressões que indiquem a intensidade da passagem do tempo ("vagarosamente", "após longa espera", "de repente", "num estalo" etc.). Outros recursos mais sofisticados são recorrer a flashbacks ou divagações dos personagens (para retardar a história) ou enfileirar uma ação atrás da outra (para acelerar). Charles Perrault combina construções temporais e encadeamento de fatos para gerar um clima agitado e tenso neste trecho de Chapeuzinho Vermelho: "O lobo lançou-se sobre a boa mulher e a devorou num segundo, pois fazia mais de três dias que não comia. Em seguida, fechou a porta e se deitou na cama".
Caracterização dos personagens. Mais do que apelar para a descrição do tipo lista ("era feio, medroso e mal-humorado"), feita geralmente por um narrador que não participa da ação, que tal incentivar a garotada a explorar diálogos para mostrar os principais traços dos personagens? Nesse aspecto, a pontuação e o uso preciso de verbos declarativos e de marcas da oralidade exercem papel fundamental. Neste trecho de Rumpelstichen, os Irmãos Grimm dão voz à protagonista para que ela se lamente:
"- Ah! - respondeu a moça entre soluços. - O rei me mandou fiar toda esta palha de ouro. Não sei como fazer isso!" Para terminar, um último e imprescindível lembrete: você pode ter colocado a turma para ler e ter direcionado adequadamente a atividade para melhorar a qualidade dos textos, mas o trabalho não para por aí. Nada disso adianta se o estudante não tiver a oportunidade - mais até, a obrigação - de pôr o conhecimento em prática. Ainda que a leitura seja essencial para impulsionar a escrita, não se desenvolve o comportamento de escritor sem enfrentar, na pele, os complexos desafios do escrever.

ENCONTRO EDUBLOGUEIROS

Convidado pelo CETAE, participei do encontro para discutir o blog como ferramenta educacional realizado no dia 15/04/2009. Dentre os pontos que mais prenderam a minha atenção destaco:
  • a ênfase ao uso dos blogs como atividade pedagógica, destacada pelo Prof. Luis Cavalcante;
  • a participação da Multiplicadora Dalva Guedes, do NTE Benevides, que pontuou aspectos importantes, principalmente o fato de que o blog não deve ser utilizado como portfólio (informar ações), mas deve ter a sua aplicação evoluida para a interação entre os blogueiros;
  • o destaque, a cargo do representante do NTE Belém, acentuando o uso do blog, também, como veiculo informativo das carências e atividades da comunidade.

Importantes, ainda, foram as informações preliminares relacionadas ao uso do rádio virtual no blog (Pod Cast), o uso do Wordpress para a construção de blogs e do Buble Share para o trabalho com fotos (NTE Bragança).

Congratulo-me com a coordenação do CTAE pela iniciativa do encontro, aduzindo que essa troca de experiências, principalmente entre Multiplicadores e Coordenadorfes de Salas de Informática, é altamente positiva e contribui para alavancar a melhoria da qualificação técnica dos coordenadores.